Tal como na Matemática,
algumas vezes nos deparamos com estágios da nossa vida onde a mudança de rumo é
inevitável. Se tudo está bem, uma correção para baixo. Se tudo vai mal, possibilidade
de subir. Em Matemática, chamamos este comportamento da curva de Ponto de
Inflexão. Na vida, bem, por que não usar o mesmo termo?
Tendemos a questionar, até
mesmo recusar, estes momentos de mudança de rumos que nos acometem ao longo da
existência. Na verdade, esta mudança visa a trazer-nos para uma salutar
convergência para a média. Não podemos viver no auge nem na fossa para sempre!
Vivemos em busca do equilíbrio.
Mas, quando perceber a
inflexão? Aí está grande diferença entre a Ciência Matemática e a Matemática da
vida. Enquanto a primeira tem como prever, por meio de equações, quando a curva
terá mais chances de inverter sua tendência, a segunda não possui tais
ferramentas. Quando a mudança vem em nossas vidas, apesar de alguns prévios
sinais, sua previsibilidade é prejudicada por n-fatores, todos eles relacionados
a nossa vida multidimensional. Em um gráfico 2D, afetado por duas variáveis, X
e Y, tudo se resume a sua interação em uma equação de segundo grau.
Mas o principal da inflexão
é, mais do que adaptar-se, aprender-se com a mudança repentina. É difícil
aceitar-se passivamente que sua vida deve ser algo como uma montanha russa,
sendo que você nunca sabe onde e quando acontecerão as quedas e subidas. Mas
este comportamento é um erro, pois as mudanças virão, quer queira-se, quer não.
Só nos resta, então, aceita-las e tê-las como uma aula que a vida nos dá de
como aprender a nos reinventar. Esta é a beleza da vida: começar diferente a
cada vez. Ter várias vidas em uma existência. Termos a consciência de que,
nesta vida, grande palco que é, somos atores disponíveis para interpretar todas
as personagens necessárias para nossa evolução nesta e em possíveis outras
existências, além do fato de que somos conectados e transmitimos nossa experiência
aos outros, tanto nos por meio dos genes, como em um livro de contos que escrevemos,
numa conversa com os amigos, ou por meio de um blog que editemos.
E aí? Ainda vai encarar de
forma reativa a mudança, maldizendo esta oportunidade? Ou agirá de forma
proativa, mais do que se preparando para ela, mas querendo que a mesma
aconteça, pois, é sabido, nossa vida sempre terá altos e baixos, concavidades e
convexidades, nunca dor sem fim, nem glória eterna. O ponto de inflexão está aí
para nos mostrar que nada nesta vida é certo e garantido. Até porque a vida assim
não o quer. Precisamos estar cientes de que a mudança pode estar logo ali,
mesmo que o ‘ali’ seja medido em dias, semanas, meses ou anos.
Are
you ready?

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