Hoje tirei minha tarde para
curtir um dos lugares onde mais adorava passear quando criança, o Parque de
Águas Minerais Salutaris, em Paraíba do Sul. Meu passeio do dia não seria esse, mas, como demorei muito para resolver a sair, preferi este lugar, que fica bem
perto da casa dos meus pais (uma caminhada de menos de 10 minutos).
Como foi bom poder curtir o
Parque totalmente recuperado. No meu caso, que gosto tanto de História, a
recuperação de um dos espaços turísticos mais importantes de minha querida
cidade natal me enche de orgulho.
Mas o dia não foi só de curtir este local muito legal. Também
consegui resgatar, depois de várias tentativas frustradas, a paciência que já
havia perdido para desenhar. Acredito ser um caso de paciência, mesmo, pois a
técnica você não perde, apenas deixa enferrujar. Foi muito bom me permitir a liberdade de criação, sem a
preocupação se a proporção estava correta, ou se o tempo que me consumiria
seria elevado. Quer saber de uma coisa: nenhuma obra leva um único dia para ser
concluída. Nada na vida, feito as pressas ou com desleixo, é capaz de traduzir a
genialidade ou o amor empregado ali por seu criador.
Talvez este seja um dos
ensinamentos destas férias: paciência! Ser paciente não é ser despreocupado com
as consequências do que se faz. Ser paciente não é ‘entregar pra Deus’ e esperar
que as coisas se resolvam. Ser paciente é esperar que a árvore dê frutos, mesmo
que, para tanto, seja necessário rega-la por um longo tempo. É se dedicar a um
filho integralmente, com o desejo que ele se torne uma boa pessoa no futuro.
Ser paciente é dar hoje, com a esperança da possibilidade de se receber no futuro.
E paciência também enferruja
se não a treinarmos, tal como as técnicas de desenho. Deixamos nosso mundo
moderno, onde tudo deve ser instantâneo, absorver-nos toda a capacidade de
esperar a maturação do que plantamos. Entramos em uma empresa, e queremos ser
reconhecidos de forma financeira amanhã (esquecemos até do reconhecimento
pessoal que é tão ou mais importante). Queremos que o outro nos entenda assim
que colocamos nossos argumentos, mesmo não nos colocando no lugar deste e nem
refletindo se o que dizemos, realmente, é uma verdade absoluta.
Perdemos
a paciência com a vida. Graças a Deus, ela ainda é muito paciente conosco e nos
espera amadurecer, mesmo que já sejamos adultos há muito.








