domingo, 29 de setembro de 2013

DUAS CRIANÇAS



Somos duas crianças!
Ou fomos?
Que acreditaram em um mundo de sonhos.
Num eterno campo florido.
Onde não haveria lugar para espinhos,
Nem para a dor.

Fomos duas crianças!
Será mesmo?
Até que um dia,
Em marcha extremamente forçada,
Guindados, fomos, a maturidade tardia,
Sem escalas,
Sem bilhete de volta,
Nem despedida.

Seriamos duas crianças,
Talvez?
Lindas e cobiçadas!
Em sua gaiola dourada,
Protótipo por todos almejado.
Vivendo um conto de fadas!
Só que, fadas, não existem!
A não ser num mundo fantástico,
Que bem conhecemos, por tê-lo habitado.

Queria sermos nós,
Outra vez,
Duas crianças.
A correr de mãos dadas pelos campos floridos,
Sem nos preocuparmos com o amadurecer tardio,
Apenas com o viver!
Ser amigos das fadas,
Num mundo fantasticamente real,
E de real felicidade!

Por que não duas crianças?
Novamente!
Pois, ser adulto,
Dói.

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