A razão é a
prisão da emoção
Pois aborta
a prima questão:
Por que
fazer a questão?
Contenta-se
com aquilo,
Que olhos
sem brilho
Conseguem
alcançar
A custa do
novo,
Pelo
sacrifício do criar,
Em ritual
consumado
Em seu
dourado altar.
A razão é a
prisão da emoção
E da alma
Reduz a
existência entre sim e não
Deletando o
talvez
Pois o
caminho apenas bifurcar-se-á
Numa maniqueísta
composição
Onde mocinho
e bandido nunca serão facetas
De uma mesma
face cunhada
No metal que
pondera
Quanto vale
cada ser.
A razão é a
prisão da emoção
E do amor
Pois este não
se delimita.
Nem se tolhe.
Deixa-o
crescer, alastrar-se
Tal como a
erva daninha,
Mas sem os malefícios
dessa,
Dado que o
primeiro,
Em sua
essência simbiótica
Jamais
parasitará,
Contribuindo
para o engrandecimento da existência
Daqueles com
os quais envolver-se-á.
A razão é a
prisão!
Que nos
rouba a essência,
Dia-a-dia,
Pouco-a-pouco.
Endurece o
ser para a flor,
Para a chuva
que cai,
Para o mar
sem fim.
Torna a
alegria pueril
Em crise de
meia idade.
Tornando-nos
hóspedes compulsórios,
Desta interior
prisão sem muros
A qual nominamosRazão.
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