Por MAAQUEZ
Em
31/07/2014
Se pudesse traduzir meus sentimentos presentes em desejos, estes se
transformariam em uma cama, em um quarto escuro, na total ausência de barulho,
onde os ponteiros do relógio permaneceriam estáticos. A esta quase sepultura me
recolheria, isolando-me deste mundo ao qual, em grande parte, sinto-me
inadaptado. Por vezes, vejo-me como um chato, um ingrato, que reclama de tudo,
que não se satisfaz com nada! Será mesmo? Tenho me questionado se tudo o que
acredito, de fato, é real! Tomei as decisões certas? Fiz o que, realmente, era
meu intuito? Questões infinitas, coletivamente vivenciadas, para a mesma dúvida,
sobre o ‘trânsito’ por esta vida, um intervalo
entre o ‘de onde’ e o ‘para onde’, sendo a falta de evidências não empíricas
que comprovem este destino, a maior justificativa para as disfunções
existenciais, subsídios para a atuação
dos adeptos (e desafetos) de Freud.
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Este é o meu lugar-comum! E assim tem sido desde que abandonei a
inocência da infância, para me perder nas divagações e inseguranças iniciadas
na adolescência e que até hoje perduram. Um eterno (e interno) conflito entre polos
opostos de minha personalidade (Erros ou acertos? Culpa ou satisfação? O outro
ou eu?). Ora pendendo para um lado, ora para outro, o certo, em meio a essa hipócrita
dualidade, é que, invariavelmente, lanço-me em um fundo de poço, bem no âmago
do meu ser, cujas íngremes paredes escalo lentamente, em busca da luz que
aquecerá o meu espírito e acalmará minha mente. Num complexo ciclo de
reinvenção do ‘eu’, norteado pela esperança da redenção, confrontado com a
realidade da sensação de não se ter feito o melhor. Ai de mim, com minha visão
crítica! Serei sempre o meu pior algoz.


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